Você pode achar que está no controle de sua vida, mas na maior parte do tempo sua vida é conduzida pelos seus instintos.
Instinto é um impulso natural que não depende da nossa vontade, razão ou sentimentos. É como uma inteligência animal que ao longo do desenvolvimento do ser humano foi garantindo a nossa sobrevivência.
Os instintos são muito rápidos, eles surgem e, quando nos damos conta, eles já nos dominaram e decidiram nosso comportamento.
Entender nossos instintos ajuda bastante na compreensão dos mecanismos que interferem nos relacionamentos, tanto no campo pessoal como no profissional.
Existem três tipos de instintos necessários na nossa vida:
- Instinto de Autopreservação: Relacionado à conservação da vida: saúde, segurança, trabalho, repouso, conforto.
Preocupa-se com a sobrevivência física e está atento a tudo que possa constituir ameaça ou agressão à vida da pessoa. Busca a segurança e a saúde.
- Instinto Social: Relacionado à integração na sociedade: pertença, grupo, interesses comuns.
Leva a pessoa a preocupar-se com o lugar que ocupa nos relacionamentos e nas interações entre os membros de um grupo ou de uma instituição. Busca ser reconhecido socialmente.
- Instinto Um a Um / Sexual: Relacionado a relacionamentos específicos: ligação afetiva, atração, sintonia, poder.
Preocupa-se com a qualidade da relação e com o nível de intimidade nas relações um a um. Acredita que apenas uma relação intima pode fazer a pessoa se sentir viva e completa. Busca ser desejado .
Um dos maiores desafios do autodesenvolvimento é equilibrar os diversos instintos.
O ideal seria que tivéssemos os instintos equilibrados e harmonizados, que pudéssemos ativar e aproveitar os benefícios de cada instinto quando necessário e oportuno. Mas na verdade, não é isso que ocorre normalmente. A nossa personalidade, história de vida, experiências traumáticas, distorcem esses instintos e eles ficam desequilibrados, trazendo muitas vezes grandes problemas para nossa vida. Na distorção, geralmente, ocorre o seguinte:
- Um dos três instintos torna-se Dominante (exagerado) e passamos a viver em função dele, como se fosse a coisa mais importante de nossa vida. Isto acontece porque nessa área da vida sentimos falta de algo que não foi suficientemente preenchido na infância, e assim, o instinto se torna Dominante na tentativa de compensar com o excesso aquilo que um dia faltou.
- Um dos instintos pode se tornar Rejeitado, ou seja, não sabemos lidar com essa área da vida e por isso evitamos e até sentimos desprezo por ela. Isto acontece porque tivemos na infância algum trauma mais grave nessa área, alguma experiência negativa forte que deixou a sensação de não saber lidar com isso.
- O outro instinto pode ser chamado de Normal, pois ele fica em uma posição intermediária, mais perto da normalidade. Este instinto aparece quando é necessário.
Mesmo que treinemos nosso Instinto Rejeitado para se desenvolver, o Instinto Dominante continuará expressando-se sem esforço, como tendência natural, inata.
Quer saber como identificar o seu Instinto Dominante?
Pense em sua vida como um todo, e responda às seguintes perguntas:
- Para onde canalizo a maior parte da minha energia?
- O que tem sido mais importante na minha vida?
- O que sei fazer melhor?
- Em que área ajo com mais habilidade, facilidade e naturalidade?
Agora faça uma conexão entre as suas respostas e os três tipos de instintos. Qual a conclusão que você chegou sobre o seu Instinto Dominante?
O Instinto Rejeitado é mais fácil identificar, pois quando pensamos sobre ele geralmente sentimos uma espécie de repulsa ou um frio na barriga.
É muito importante tomarmos consciência dos nossos instintos, pois eles conduzem nossas ações de forma inconsciente!
Tomar consciência dos nossos instintos nos ajuda a entender as afinidades e diferenças e a superar possíveis desavenças nos relacionamentos e pode ajudar também no desenvolvimento do Instinto Rejeitado, trazendo trazer um equilíbrio para as relações.
Nosso desafio é equilibrar o uso dos nossos instintos, para usarmos de acordo com as nossas necessidades, nas ocasiões oportunas.
Então, que tal iniciar o processo de desenvolvimento pessoal aumentando as atividades que exigem o uso do seu Instinto Rejeitado e começar a dar menos foco ao seu Instinto Dominante?
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Abraço, Renata Ary
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Referência Bibliográfica
A Sabedoria do Eneagrama – Don Richard Riso e Russ Hudson,
Eneagrama da Transformação – Vol 1,2,3,4 Domingos Cunha, CSh
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Muito bom!!
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Obrigada Rodrigo! Fico feliz que tenha gostado! Abraço
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Muito bom, bem fácil de entender e útil para quem quer ser melhor consigo e com o próximo…
Parabéns pela ótima abordagem do tema.
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Obrigada Carmen! Fico feliz! Que esse Post possa te ajudar a ser uma pessoa melhor com você mesma e com os outros.